terça-feira, 30 de março de 2010

A FÁBULA DO LOBO TRAFICANTE

A sociedade dos cordeiros condenou aquele lobo a 20 anos de prisão. Era terrível o seu crime: tráfico de entorpecentes. Por sua causa, milhares de cordeirinhos destruíram suas vidas. O lobo era o inimigo público n.º 1.
Vinte anos depois, apesar desse e de outros lobos-traficantes terem sido presos, a sociedade dos cordeiros estava mergulhada no vício. Era um problema de segurança nacional. Talvez por isso, um repórter resolveu entrevistar aquele lobo, à saída da penitenciária. Estaria ele arrependido? Teria consciência do que provocara? Sentia-se injustiçado?
Afinal, a sociedade dos cordeiros cumprira, rigorosamente, a Lei. Só que alguma coisa estava errada. Lobos-traficantes eram presos todos os dias, enquanto aumentava o consumo de tóxico. Qual a opinião de um lobo que pagou 20 anos por um dos piores crimes contra a humanidade?
- Você quer mesmo saber? – foi logo falando o lobo. – O problema não se restringe a mim, nem aos que me seguiram nessa profissão. Eu cometi parte do crime, reconheço, comercializando um produto proibido . . .
- E quem cometeu a outra parte? – indagou o repórter, ele próprio irritado com a desfaçatez do lobo.
- Ora, a sociedade dos cordeiros! – afirmou o lobo. – Acaso fui eu que provoquei a corrida ao tóxico? Como seria possível eu me tornar um traficante, se não houvesse procura do meu produto?
“ Isso faz sentido”, pensou o repórter. E arriscou uma outra pergunta: - Como a sociedade dos cordeiros poderia ter evitado tudo isso?
- Ora, pergunte a ela, respondeu o lobo. – Mas dificilmente a sociedade dos cordeiros concordará que tem parte dessa culpa. Para isso, seria necessário que cada cordeiro, em particular, meditasse sobre sua própria vida e o que considera melhor para o seu rebanho. Mas você sabe que meditar, refletir, ponderar e se auto-analisar é muito difícil, quando há tantos lobos à disposição para assumir todas as culpas.
Quando a entrevista com o lobo-traficante foi publicada, a sociedade dos cordeiros reagiu: os lobos são criminosos irrecuperáveis, cínicos, arrogantes e diversionistas.
Para eles, só mesmo a Pena de Morte.
Fernando Portela



Aqui vai uma parábola interessante, não vou ficar discursando muito sobre o assunto. O texto fala por sim só.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Revolução Havaiana



Muita gente me olha torto devido à minha incistencia em passear por todo lugar calçado nas minha Havaianas. O costume de se usar calçado tem origens bastante antigas, fora o fato de protegerem os pés de eventuais traumas e cortes, os chinelos protegiam os antigos de varias doenças espalhadas pelo chão de cidades como Roma, Paris, Londres , etc. Quanto mais protegesse os pés, melhor era o sapato _basta dar uma espiada nas botinhas dos reis e rainhas_ o que gerava um certo status de quem andava "bem calçado". E a porcaria desse costume continua até hoje, mesmo com a baixíssima probabilidade de contrair alguma coisa andando no cursinho, no shopping, ou numa pizzaria _ aliás, se o chão do lugar for imundo a esse ponto, a comida também deve ser preocupante . Quero reinvidicar agora o direito de usar minhas havaianas _ limpinhas _ em qualquer lugar sem ser importunado por isso.
Tem lugares que simplesmente não nos deixam entrar de sandália, como na antiga escola onde estudava e em alguns bares que conheço também. A questão é: não posso entrar porque não tenho status suficiente com a minha sandalinha ou seria porque eu corro o risco de ficar doente? Há quem diga que vai contra a moral, entrar num bar com os "pés desnudos", permitindo até mesmo o uso alguns modelos mais cobertos. No entanto não proíbem que entrem mulheres com decotes generosos , o que parece , pela mesmo lógica contra a moral. Quero que continuem entrando os decotes, e a minha Havaianas também, afinal, eu quero mostrar o pé.
Não me agrada a ideia de ,num país tropical como o nosso, confiná-los em tenis e meias. Em regiões mais frias, como a Europa e o EUA, os habitantes usam sapato por se sentirem mais confortáveis dessa forma, mas aqui não, é puro modismo de imitar a metrópole, desde de o tempo da colónia. Interessante notar também em muitos países de 1º mundo paga-se um bom dinheiro por um par de Havaianas, no entanto, no Brasil elas parecem pertencer a uma classe inferior de calçados.
Vamos copiar mais uma vez os costumes estrangeiros, e pegar uma parte útil dessa vez.Vamos viver no Brasil, conforme o Brasil foi feito para viver. Que mude-se essa moral esquizofrênica, que os sapatos fiquem cada vez mais restritos aos invernos, os tribunais. Vamos desaparecer com os sapatos de vez , que seja, deixemos nossos pés transpirarem livres, terem seu lugar ao sol.
Pés , Havaianas, uni-vos!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Sobre o Externo, (ou Existencia? )

Sobre os as existências fora da sua pessoa tenho pouco a ponderar.
Assim como eu sou composto de vários Eu's advindos de diversas pessoas e eu mesmo não tenho, nescesssariamente, consciencia de todos eles. Eu tenho um pedaço do Eu de cada pessoa, que conheci ou ouvi falar. Pense em alguém que voce não conhece. Impossível né? Deve ser pelo fato de não podermos abstrair coisas que não existem(não existem nem mesmo na imaginação), então se voce não conhecer a "pessoa" , esta não pode existir. A existencia passa a acontecer por um nome, um rosto , um vulto.. enfim: algo que possa caracterizar aquilo como algo diferente de um "ente" que voce tenha armazenado , a assim permitir a existencia de um "ente" novo. Ao conhecer um ser humano voce o conhece dessa maneira porque voce definiu que ele não era um cachoro ou um qlq outra coisa senão um homo sapiens. E dessa forma compomos o mundo exterior, atravéz de nossas próprias percepções, um mundo único de cada pessoa, reflexo de cada mundo interior e do mundo exterior.
Como também é criado pelo indivíduo, esse mundo exterior-reflexo-do-interior também faz parte do eu. Sendo a sua parte mais externa assim como sua porção realmente coletiva.
Creio que alguns conceitos não foram plenamente exclarecidos, o que deverá ficar para outra hora. Oque fiz aqui foi só pincelar o meu entendimento sobre o indivíduo em sua delimitação. Outras coisas passaram "meio batido"

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Sobre o EU

A idéia de eu é algo que permeia a mente de todo jovem em amadurecimento. Enquanto alguns perguntam "Quem sou eu?" , outros vão além e perguntam "O quê sou eu?". Nessa duvida sobre sua própria integridade, muitos tentam se encontrar [talvez?].
A primeira idéia que me veio foi : Existem dois mundos, o externo e o interno. Um tanto óbvio, começei a elaborar um "eu" sobre o que eu achava de mim mesmo, ou seja o Eu de onde partiriam minhas ações.
Até que um dia um sábio homem me despertou a idéia de que se tem uma característica diferente para cada grupo social que se pertençe, ou até mesmo um personagem para cada um deles. Muito parecidos entre si, mas com diferenças únicas entre todos esses "Eu's".
E porque não um para cada pessoa? Cada pessoa, o que quer que seja uma pessoa, é única e voce trata as pessoas de maneira diferente em sua unicidadade, a princípio. Esta idéia cria então uma infinidade de eu's ,para cada pessoa que voce conhece um novo personagem é criado e adicionado ao monte. Veja bem , tudo isso nada tem a ver com o que se chama de falsidade ou algo parecido, as personagens, vêm simplesmente da pluridade das relações que estamos submetidos, e um Eu para cada relação.
Temos agora uma infinidade de Eu's e mais 1 desses como o padrão. Falta ainda uma observação que fecha o mundo interior: o Eu que sabe dos outros todos e coordena a festa, a "consciencia"(chame como quiser) .


Continua..

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Sobre o Seu Editor

Antes de falar de mim, quero rapidinho dividir meu eu: Sou o eu que me habita, junto dos eu que vivem em cada um que me conhece, junto do eu que projeto na sociedade e mais o que sabe de tudo isso.
Digo isso porque o que eu falar aqui não será 100% a descrição de quem escreve ^^ . Bom, chega de papo, me chamo Eufrásio. Atualmente moro na cidade de São Luis (MA) onde curso Medicina na gloriosa Universidade Federal do Maranhão, um dia ,se me formar, pretendo ser cirurgião.

Não sei como um dia me peguei curtindo rock, e depois adentrei ao metal. Foi nessa viajem musical que comecei a gostar também de musica clássica mistura ao metal, e dela pura também. Então em algum momento no mundo da erudição conheci a filosofia[ ainda iniciante , superficial, é verdade] , devo também grande parde desse apego a sabedoria ao meu professor de redação do 3º ano[figura que mais ensinava filosofia que redação] cujo o nome não sei como escreve.
Quando acabou o 3ºano e o fim das redações constantes, me vi pensando sobre diversos assuntos do dia a dia, e refletindo sobre eles de uma maneira diferente de antes. Talvez construindo conhecimentos, vai saber? Tive a idéia de criar um Blog para ficar escrevendo minhas idéias loucas sobre o mundo. Qualquer coisa pode vir a surgir nessas páginas, espero que gostem pois essa idéias vem lá do fundo da cachola, onde eu me encontro com os eu's , no infinito.